Tema: Igreja: A Guardadora do Reino

06-09-2011 18:08

Aviso à Juventude de nossa igreja: já voltou a EBD, estamos trabalhando com o tema: O Reino de Deus e a Igreja.

O Reino de Deus era o domínio de Deus, que começou sobre a face da terra desde os dias de Abraão e foi entregue a Israel através da Lei.

Uma vez que o domínio e governo de Deus podiam ser experimentados somente através da Lei, e desde que Israel era o guardador da Lei, ele era de fato o que mantinha o Reino de Deus em custódia.
Quando acontecia um gentio tornar-se um prosélito judeu, e adotar a Lei, ele, como decorrência deste gesto, aceitava o domínio ou soberania dos céus ou o Reino de Deus sobre si. A soberania e governo foram mediados aos gentios através de Israel; somente eles eram “os filhos do Reino”.
Na pessoa de Jesus, o reinado de Deus manifestou-se em um novo evento redentor, demonstrando, de um modo totalmente inesperado, os poderes do Reino escatológico dentro do cenário da história humana. A nação como um todo rejeitou a proclamação deste evento divino, mas aqueles que o aceitaram tornaram-se os verdadeiros filhos do Reino e passaram a desfrutar de suas bênçãos e do seu poder. Esses discípulos de Jesus, a sua ekklesia, agora se tornaram nos guardadores do Reino, em lugar da nação de Israel. O Reino é tirado de Israel e dado a outros – a ekklesia de Jesus (Marcos 12.9). Os discípulos de Jesus não somente dão testemunho a respeito do Reino, eles não apenas se constituem em instrumentos do Reino, à medida que este manifesta o seu poder nesta era presente, eles são também os guardadores do Reino.
Este fato é expresso na declaracão de Jesus a respeito das chaves. Jesus concederá à sua Ekklesia as chaves do Reino dos céus, e tudo quanto ela ligar ou desligar sobre a face da terra será ligado ou desligado nos céus (Mateus 16.19). No que exatamente consiste esse poder da igreja?
Jesus condenou os escribas e fariseus porque eles haviam ocultado a chave do conhecimento, recusando-se eles próprios a entrar no Reino de Deus e, ao mesmo tempo, impedindo que outros entrassem (Lucas 11.52). O mesmo pensamento aparece no primeiro Evangelho. “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar” (Mateus 23.13).
De acordo com a expressão bíblica, o conhecimento significaria em algo mais do que a percepção intelectual. É a “posse de algo espiritual que se fundamenta na revelação” “porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus” Mt. 16:17. A autoridade confiada a Pedro baseia-se na revelação, isto é, no conhecimento espiritual, que ele partilhou com os doze. As chaves do Reino são, conseqüentemente, “o discernimento espiritual, que capacitará Pedro a liderar os outros para que passem pela porta da revelação pela qual ele próprio teve de passar”.
 
A eles também é conferido este direito, em virtude desta mesma revelação. Eles também podem permitir que os homens participem das bênçãos do Reino, ou podem excluí-los de tal participação. De fato, os discípulos já tinham feito valer esta autoridade de ligar e desligar quando de sua visita às cidades de Israel,(Mateus 10.14,15).
Em resumo, O Reino tem o seu ponto de partida diretamente de Deus; a igreja, dos homens.

O Reino significa o reinado de Deus e a esfera na qual as bênçãos de seu reinado são desfrutadas; a Igreja é o grupo de comunhão formado por aqueles que experimentam o reinado de Deus e passaram a desfrutar das suas bênçãos.

O Reino cria ou origina a Igreja, opera através da Igreja e é proclamado no mundo pela Igreja. Não pode haver Reino sem que haja também uma igreja formada por aqueles que reconhecem a soberania de Deus.
E não pode haver igreja sem que haja também o Reino de Deus; mas eles devem permanecer como dois conceitos
distintos um do outro: o domínio e governo de Deus e a comunhão existente entre os homens.
 
Estudo baseado no livro de Teologia do Novo Testamento. George Ledd