O Deus do Reino
EBD – Interligados Jovens – 18/09/2011
O Deus do Reino
Se o reino significa o domínio de Deus, então todo aspecto do reino deve ser derivado do caráter e ação de Deus. A presença do reino deve ser interpretada a partir da natureza da atividade que Deus realiza no presente; e o futuro do reino é a manifestação redentora de seu governo real no final dos tempos.
O DEUS QUE BUSCA
Deus sempre buscou comunhão com o homem. No Jardim do Édem, Deus visitava o homem na viração do dia. Deus busca comunhão com o homem. Deus se manifestou à Abraão, Isaque, Jacó, Moises, Noé, etc. Deus se manifestou a mim e a você.
Esta tese é confirmada por um estudo do conceito particular de Deus que pode ser encontrado nos ensinos de Jesus. Nisto reside um fato marcante: o elemento de novidade na proclamação de Jesus a respeito do Reino é colocado em termos paralelos a um novo elemento em seu ensino sobre Deus, ou seja, que Deus é o Deus que busca.
O Deus dos profetas estava em constante atividade na história, tanto para julgar como para salvar o seu povo. O Deus do judaísmo pós-exílico havia se retirado do mundo perverso e não mais estava exercendo uma atividade redentora na história. Um ato de redenção final era esperado no fim dos tempos; mas nesse ínterim Deus permanecia ausente da história. A mensagem de Jesus sobre o Reino proclamava que Deus não apenas iria agir nos tempos do fim, mas que Deus estava agindo de novo no presente de um modo redentor na história. Deus estava visitando o seu povo. Em Jesus, Deus tomara a iniciativa de procurar o pecador, a fim de trazer os homens perdoados para a bênção de seu reino. Em resumo, ele é o Deus que busca.
Este mesmo fato estava incorporado na própria missão de Jesus. Quando ele foi criticado pelos fariseus por violar os seus padrões de justiça e associar-se com os pecadores, ele replicou que era a sua missão ministrar aos pecadores (Marcos 2.15-17). São aqueles que reconhecem que estão enfermos que precisam de médico. Jesus deveria levar a mensagem das boas-novas do Reino a tais pecadores. Ele não nega o fato de que são pecadores, nem subestima a sua culpa. Pelo contrário, ele aponta para a sua necessidade e procura ministrar tendo em vista essa necessidade.
A grande verdade a respeito de Jesus buscando o pecador é afirmada com extensão nas três parábolas de Lucas 15, que foram proferidas para silenciar a crítica de que Jesus compartilhava a intimidade da comunhão da mesa juntamente com pecadores.
Ele afirmou que foi o propósito divino buscar a ovelha que se havia desgarrado; procurar a moeda que se havia perdido; receber de volta o pródigo (esbanjador) à comunhão da família, mesmo que ele não merecesse o perdão.
Em cada parábola há uma iniciativa divina: o pastor busca a ovelha; a mulher varre a casa à procura da moeda; o pai espera pela volta do pródigo. O caráter central na parábola do “filho pródigo” não é o filho, mas o pai, que aguarda ansiosamente a sua volta. A parábola ilustra primariamente o amor e a graça de Deus, e não tanto a prodigalidade do homem.
O centro das “boas-novas” sobre o Reino é que Deus tomou a iniciativa de buscar e achar aquilo que se havia perdido.
O DEUS QUE CONVIDA
O Deus que busca é também o Deus que convida. Jesus descreveu a salvação em termos de um banquete ou festa para a qual muitos foram convidados (Mateus 22.1-9; Lucas 14.16-17; Mateus 8.11). Levando em conta este contexto, podemos compreender a freqüente participação na comunhão da mesa entre Jesus e os seus seguidores como uma nova parábola real.
A comunhão da mesa, para os judeus, era o tipo mais íntimo de relacionamento e desempenhou um importante papel no ministério de Jesus (Marcos 2.15).
A palavra “chamar” significa convite. “Convidar pecadores para o Grande Banquete do Reino, foi primariamente esta, a missão do Senhor”.
A mensagem de Jesus a respeito do Reino de Deus é a proclamação por palavras e atos de que Deus está agindo e manifestando dinamicamente sua vontade redentora na história. Deus está buscando os pecadores: ele os está convidando a entrar no Reino e participar da bênção; ele está solicitando deles uma resposta favorável à sua oferta graciosa, está incitando-os ao arrependimento. Deus tornou a falar. Um novo profeta apareceu, na verdade, alguém que é mais do que um profeta, alguém que traz aos homens a própria bênção que promete.
DAREMOS CONTINUIDADE NA PRÓXIMA AULA.
Estudo baseado no livro de Teologia do NT - Ledd
Estudo ministrado na EBD.